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Bancos Ameaçam Direitos Históricos dos Bancários em Mesa de Negociação


Por Alexander Heleno Braz


A oitava mesa de negociação entre os representantes dos bancários e a Fenaban, realizada nesta terça-feira (20/08), foi marcada por um clima de tensão e indignação. A postura intransigente dos bancos, que se recusaram até mesmo a reajustar os salários pela inflação, revela uma estratégia cruel para maximizar lucros às custas dos direitos dos trabalhadores. Mesmo com lucros astronômicos, os bancos insistem em cortar benefícios e retirar conquistas históricas da categoria.


O que parecia ser o limite da exploração foi superado com propostas que atingem de forma especialmente perversa os bancários mais vulneráveis. A Fenaban sugere, sem nenhum pudor, a redução de valores de PLR, vales alimentação e refeição, afetando diretamente aqueles afastados por doença, reintegrados após demissões ilegais e os que trabalham em instituições menores. Essa tentativa de desmantelar direitos fundamentais é um ataque direto ao bem-estar e à segurança financeira dos trabalhadores.


A resistência do Comando Nacional dos Bancários foi imediata e contundente. Os representantes rejeitaram qualquer proposta que incluísse a retirada de direitos e exigiram que os bancos apresentem uma oferta digna. A estratégia dos banqueiros de pintar um cenário catastrófico para justificar reajustes pífios foi desmascarada, evidenciando que se trata apenas de uma manobra para aumentar ainda mais seus já exorbitantes lucros.


Um exemplo da insensibilidade dos bancos foi a proposta de reduzir a PLR dos bancários do Bradesco para apenas 40% do valor recebido sobre o exercício de 2023. Essa tentativa descarada de diminuir os benefícios demonstra o desprezo dos banqueiros pelo esforço e dedicação dos trabalhadores que sustentam a lucratividade do setor.


A luta dos bancários agora depende da mobilização da categoria em todo o país. A indignação precisa se transformar em ação para impedir essa ofensiva brutal contra os direitos conquistados ao longo de décadas. A pressão sobre os bancos deve continuar e se intensificar nas próximas negociações.

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