Por Cristiano Medeiros
O Itaú Unibanco está mais uma vez no centro de uma grave denúncia: o banco tem se aproveitado da situação vulnerável de seus funcionários adoecidos para forçar acordos de desligamento, numa atitude que beira a crueldade. Bancários que, devido ao ambiente de trabalho estressante, desenvolveram problemas de saúde, agora se veem pressionados a aceitar acordos que favorecem exclusivamente o banco, sem qualquer consideração pelo bem-estar dos trabalhadores.
Esses acordos, oferecidos sob o pretexto de "soluções consensuais", na verdade representam uma manobra ardilosa do Itaú para se livrar de funcionários que necessitam de suporte e amparo. Ao invés de proporcionar o tratamento adequado e condições para que esses trabalhadores possam se recuperar, o banco opta por explorar a fragilidade emocional e física desses bancários, impondo uma escolha desumana: aceitar o desligamento ou enfrentar um retorno hostil ao trabalho, onde as mesmas condições que os adoeceram permanecem inalteradas.
A prática revela uma face sombria da gestão do Itaú, que parece mais focada em cortar custos do que em cuidar de seus funcionários. Ao explorar bancários já fragilizados, o Itaú mostra um completo desrespeito pelos princípios básicos de ética e responsabilidade social, colocando em risco não apenas a saúde dos trabalhadores, mas também o seu sustento e dignidade. Este comportamento é ainda mais preocupante quando se considera que o banco continua a reportar lucros recordes, demonstrando que essa estratégia não é uma necessidade, mas uma escolha consciente de maximizar ganhos às custas da força de trabalho.
Os relatos de bancários que foram alvo dessas pressões são alarmantes e indicam uma prática que, se não for combatida, pode se tornar ainda mais comum. O sindicato já se manifestou contra essas práticas, exigindo que o Itaú cesse imediatamente esse tipo de coerção e ofereça o devido suporte aos funcionários adoecidos. No entanto, o banco até agora não demonstrou qualquer disposição em alterar sua postura, preferindo continuar a tratar seus empregados como peças descartáveis.
É crucial que os bancários se unam e resistam a essa tentativa de exploração. A pressão deve ser redobrada para que o Itaú seja forçado a adotar práticas mais humanas e justas, garantindo que nenhum trabalhador seja penalizado por adoecer em decorrência do próprio trabalho. A luta por condições dignas e pelo respeito aos direitos dos trabalhadores deve ser intensificada, pois a saúde e a vida dos bancários não podem ser trocadas por metas e lucros.
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