Por Willian de Godoi
A recente rodada de negociações entre o Santander e a Comissão de Organização dos Empregados (COE) trouxe à tona mais uma vez a postura negligente do banco em relação à saúde e às condições de trabalho de seus funcionários. Durante as discussões, que deveriam ter como objetivo a melhoria das práticas laborais, o Santander mostrou-se relutante em assumir compromissos concretos, revelando a falta de interesse genuíno em resolver problemas que afetam diretamente seus trabalhadores.
Os bancários do Santander enfrentam um cenário crítico de sobrecarga, metas abusivas e assédio moral, condições que já resultaram em um aumento significativo nos casos de adoecimento. No entanto, mesmo diante de uma crise de saúde ocupacional evidente, o banco continua a minimizar as reivindicações da categoria, preferindo manter um ambiente de trabalho opressivo, onde o lucro prevalece sobre o bem-estar dos seus colaboradores.
Ao longo da negociação, a COE buscou incluir pautas essenciais como a criação de programas de prevenção ao adoecimento e a implementação de medidas que garantam melhores condições de trabalho. Contudo, o Santander, em vez de demonstrar preocupação e agir de forma proativa, optou por adiar decisões e apresentar propostas vagas, que em nada resolvem as questões urgentes enfrentadas pelos bancários.
Essa postura do Santander reflete um padrão recorrente de descaso com seus funcionários, que são pressionados diariamente a atingir metas inatingíveis, sem o devido suporte. A insistência do banco em manter práticas laborais prejudiciais, enquanto finge negociar melhorias, deixa claro que seus compromissos com a saúde e o bem-estar dos trabalhadores são meramente superficiais e direcionados a evitar conflitos com a opinião pública.
É imprescindível que os bancários se mantenham mobilizados e exigentes nas negociações. A saúde e a dignidade dos trabalhadores não podem continuar sendo negligenciadas em prol de resultados financeiros. O Santander precisa ser pressionado a tomar medidas concretas e imediatas para melhorar as condições de trabalho, sob pena de enfrentar um ambiente de trabalho cada vez mais insustentável e danoso.
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